Cada vez mais a maneira como comunicamos praticamente não tem fronteiras em especial no mundo dos negócios.
As actuais restrições ou adaptações que as organizações têm levado a cabo, fruto de toda esta situação, faz com que o novo modelo de relações comerciais e consultoria consigam conduzir, orientar estratégias, negócios para qualquer organização, para qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo.
De acordo com estudos recentes, 97% dos inquiridos reconhecem que a forma de comunicar tem um impacto directo na forma de fazer as coisas, e 95% recorrem a ferramentas de comunicação, computadores, smartphones, tablets nas suas reuniões pessoais.
Esta variedade de ferramentas de comunicação pode por si só fazer com que as pessoas, na realidade, não estejam verdadeiramente ligadas, não só pela variedade, mas principalmente pelo facto de não saberem como as utilizar, na forma, no conteúdo e em que momento.
George Bernard Shaw disse uma vez que, “O maior e mais simples problema na comunicação é a ilusão de que se está a comunicar”.
Uma fraca comunicação causa frustração, mal-entendidos, uma fraca performance, que por norma leva equipas e indivíduos a desistir ou achar que não são capazes. A maioria dos problemas existentes numa equipa são identificados como resultantes de uma ineficaz forma de comunicar.
A capacidade de comunicar com as equipas, e como as equipas comunicam entre si é um factor crucial para o desempenho e desenvolvimento de um bom clima organizacional, logo há que dar a devida atenção a esta temática, pois a comunicação é uma competência que se tem de aprender e praticar.
O que podemos e devemos então fazer para melhorar as nossas competências de comunicação por forma a garantir maior impacto junto do nosso interlocutor?
1. Seja claro e conciso
Antes de começar a comunicar organize os seus pensamentos e faça com o que quer transmitir seja tão claro e conciso quanto possível. Ninguém quer ser bombardeado por um rol de palavras caras para compreender o que tem para lhes dizer, ou o quer que se faça.
Deixe-se de rodeios, não crie confusão ou segundas interpretações, diga de forma curta, directa e clara o que tem para dizer.
2. Não ignore a etiqueta digital
Sempre que comunicamos pessoalmente temos em mente o tipo de imagem que queremos deixar junto do outro, a simpatia que desejamos fazer o outro sentir por nós. Emails e mensagens de texto são meios de comunicação ricos na possibilidade de criar percalços e mal-entendidos no que queremos dizer.
Quando escrever um email, releia-o algumas vezes antes de o enviar para garantir que o tom é profissional, que não tem erros de gramática ou vocabulário e não se esqueça do primeiro ponto, seja claro e conciso.
Se o seu pedido de contacto é urgente ou é sobre algo que está em curso, marque um próximo contacto, preferencialmente por telefone, para garantir que a sua mensagem foi recebida e entendida.
Por outro lado, nunca responda a um email ou qualquer outro tipo de mensagem se estiver indisposto, aborrecido ou frustrado, é pouco profissional e pode voltar-se contra si, especialmente se for numa resposta a uma mensagem que tenha recebido.
É muito importante que perceba que cada um tem a sua própria etiqueta, a sua forma de comunicar e que não se é mestre na forma de filtrar nas palavras o que nos vai na alma. Crie a sua etiqueta digital!
3. Tenha consciência da comunicação não verbal
Cuidado com a mensagem que dá através da sua postura corporal. Postura corporal inclui expressões faciais, postura, movimento dos olhos e a sua posição relativamente ao outro.
Perceba as emoções, crie sensibilidade para ler as suas emoções e as do outro enquanto comunica. Ter esta sensibilidade significa ter a capacidade de perceber a origem das emoções, de quem ou de quê. Uma vez compreendendo a origem faça uma gestão inteligente das mesmas, facilite o processo identificando a causa, compreendendo e autorregulando o que sente e o que o outro está a sentir.
4. Observe
Observe como o outro interage com as outras pessoas.
Todas as empresas ou direcções têm a sua própria cultura, a sua maneira de fazer as coisas. Muitas vezes são reflexo da liderança, do sector em que actuam, da sua história. Não quer dizer que a forma como você comunica, interage, está errada, mas observe e veja como o seu interlocutor faz e depois imagine o que tem de adaptar em si para conseguir uma comunicação mais eficaz.
Tenha agilidade comportamental para se adaptar ao outro.
5. Não reaja
Ser colocado numa posição perante uma situação delicada é sempre desconfortável, portante respire fundo e leve o tempo necessário para responder. É mais que natural, diria até justo dizer, “deixe-me pensar sobre isso e já lhe devolvo a chamada para responder”.
Já pensou quantas vezes isso acontece e depois dizemos a nós próprios, “se tivesse tido tempo para pensar teria dito outra coisa”. Uma vez que pense na resposta que vai dar verá que esta será muito mais eficaz.
6. Escute
Uma das partes mais importantes da comunicação é escutar, mas tenha presente que ouvir e escutar são duas coisas bem diferentes. Quantas vezes não estamos focados a tentar ouvir o outro para perceber o que ele nos quer dizer, mas não escutamos o que ele verdadeiramente está a nos dizer.
Assegure que escuta o seu interlocutor, quer seja o seu cliente, o seu gestor, o seu par.
7. Humanize
Comunicar não tem de ser frio ou distante.
Conheça a Pessoa, pergunte coisas sobre ela, faça sentir que se preocupa com as suas particularidades pessoais. Não se distancie dos outros, não se remeta apenas ao negócio.
Brian Tracy dizia que um dos factores mais importantes nas relações comerciais é o “Factor Amizade”, aquele factor que nos torna humanos, ligados ao outro.
Comunicar bem, eficazmente é essencial para se criar um ambiente positivo nas relações comerciais. Hoje os desafios são enormes, há que comunicar bem em níveis diferentes, presencial e remotamente.
Garanta que tem em si as competências e o treino para pôr em comum o que quer transmitir.
Ambiente Positivo, “It’s all about Sales, It’s all about You!”